“A temporada de verão ainda não começou, as praias não são supervisionadas e não há salva-vidas dedicados às praias. Portanto, gostaria de aproveitar esta oportunidade para apelar aos banhistas e banhistas para que tenham muito cuidado ao acessar o mar”, disse aos jornalistas o capitão do Porto de Nazaré e comandante das operações de resgate,

João Lourenço.

João Lourenço pediu ainda aos banhistas que escolham “praias que conheçam, não se aventurem em áreas em que não possam ficar de pé, e se não souberem nadar, não entrem na água”.

Duas crianças desapareceram no mar na tarde de domingo, depois de alegadamente se banharem em Pedrógão, uma praia que ainda não é monitorizada nesta época do ano, anunciou a AMN, que iniciou as buscas após receber o alerta, às 17h25, através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa

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De acordo com a AMN, os menores têm 11 e 16 anos (a idade foi corrigida, no entanto) e têm nacionalidade angolana.

João Lourenço explicou que as buscas no mar estão sendo realizadas pelo navio da Marinha “Viana do Castelo” e por um barco de resgate marítimo da Estação de Salva-Vidas da Figueira da Foz com tripulantes da Estação de Salva-Vidas da Nazaré.

“Temos uma embarcação do Corpo de Bombeiros de Leiria de prontidão, um jet ski, para ajudar qualquer vítima”, disse o capitão do Porto da Nazaré.

Também está envolvido um helicóptero da Força Aérea, que “está patrulhando de baixo para o sul, porque as áreas de busca foram estendidas para o sul”, explicou o comandante das operações.

Em terra, existem recursos dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria, dos Bombeiros de Leiria e da Polícia Marítima “com duas equipas reforçadas por 'drones'”, disse este responsável.

João Lourenço disse que a deriva relatada pelo Comando Naval indica que “as vítimas têm uma tendência a se deslocar para o sul, razão pela qual as áreas de busca foram estendidas para aquela área”.

“No momento, as condições do mar estão relativamente piores do que ontem [domingo]”, mas a possibilidade de encontrar uma vítima permanece, disse ele, acrescentando que, “com o passar do tempo, o perímetro é ampliado”.