De acordo com os dados da sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios, mais de 80% dos portugueses não sentem o impacto desse sucesso económico no seu bolso. Apenas 8,7% sentem que a sua vida económica está, de facto, melhor.
A grande maioria dos portugueses (mais de 80%) — valor que compara com os 77% de abril — admite ter diminuído ainda mais as suas despesas mensais em maio, para se defender do aumento de preços. Cortar nas idas a restaurantes tem sido uma das formas mais frequentes de baixar as despesas mensais, seguindo-se uma redução na compra de roupa e viagens. Mais de 90% dos inquiridos garantem que reduziram as despesas com estes serviços. E 43% admitem mesmo ter reduzido os gastos com bens de primeira necessidade de alimentação ou de higiene.
Por outro lado, as famílias portuguesas estão mais apreensivas relativamente às condições económicas do agregado para o próximo ano. O barómetro de maio revela que 35,5% dos inquiridos esperam estar numa situação igual no espaço de um ano ou pior (34,4%). Mas as respostas que apontam para que a situação económica do país venha a piorar são o dobro daquelas que esperam uma melhoria.