"A noite foi relativamente calma tendo em conta o que era expetável. Desde a meia-noite, quando começou o alerta da proteção civil, até às 7h00, tivemos 173 ocorrências, a maioria no norte e no Algarve", disse à agência Lusa Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil(ANEPC).

"No Algarve, tivemos 61 ocorrências, das quais 31 foram inundações e as outras foram limpeza de vias, queda de árvores e movimentos de massa", disse, acrescentando que na região de Lisboa foram registadas 15 ocorrências.

De acordo com a fonte da proteção civil, durante esse período não houve vítimas a registar, nem desalojados, nem estradas encerradas devido ao mau tempo.

Na segunda-feira, a ANEPC alertou a população para o agravamento do estado do tempo em Portugal continental até quarta-feira, com chuva forte, acompanhada de trovoada e granizo devido à depressão Garoe, e avisou para medidas de prevenção.

Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera(IPMA) em relação à depressão, que afecta a Madeira e os Açores há dois dias e que se deslocou em direção ao continente, a ANEPC alertou para situações de "precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada e ocasionalmente granizo", até à próxima quarta-feira, sobretudo nas regiões centro e sul e no litoral norte.

Esta situação poderá ser acompanhada de vento do quadrante sul, com rajadas até 75 quilómetros/hora (Km/h) no litoral e nas terras altas, bem como de mar agitado a partir de terça-feira no litoral oeste e a sul do cabo Carvoeiro, incluindo o barlavento algarvio, com ondas até 5,5 metros.

Face a estas previsões do IPMA, a ANEPC alertou para a possibilidade de ocorrência de inundações em zonas urbanas, provocadas pela acumulação de águas pluviais, obstrução dos sistemas de drenagem ou galgamento da costa, bem como de cheias, agravadas pelo transbordo do leito de alguns rios e ribeiras.