A descoberta foi feita “na sequência do colapso do muro de uma igreja”, registado durante um dos episódios de mau tempo que afetaram o Algarve nas últimas semanas, explicou a fonte municipal.
“O trabalho para substituir a parede acabou descobrindo parte dos ossos e, na época, uma equipe de arqueologia foi chamada para estudar as descobertas”, explicou.
A fonte da Câmara Municipal de Portimão, município do distrito de Faro, explicou que “é normal encontrar ossos em canteiros de obras perto de igrejas, porque esses eram lugares que antes eram usados como cemitérios”.
Como esses ossos foram encontrados no adro da igreja, os técnicos estão considerando a possibilidade da existência de um “antigo cemitério no local”, acrescentou a fonte da prefeitura, destacando que as “equipes de arqueologia continuam trabalhando” para entender exatamente o contexto em que os enterros foram feitos.
Trabalhos preliminares indicam a existência de 12 corpos até o momento, embora as equipes de arqueólogos não excluam a possibilidade de que mais possam ser encontrados, acrescentou a fonte municipal.
A Igreja Matriz de Portimão é um edifício que remonta ao século XV e foi construído “na parte mais alta da cidade, dentro das antigas muralhas”, como pode ser lido na descrição que a Câmara Municipal do Algarve dá deste patrimônio arquitetônico religioso em seu site.
No interior, há um “portal gótico tardio” que foi criado com base no “monumento mais imponente da época, o Mosteiro da Batalha”, que destaca o município nas informações que fornece sobre a igreja.
“Ali coexistem diferentes estilos, como o barroco, o rococó e o manuelino, resultado das várias fases de reconstrução e enriquecimento artístico do templo que hoje é a Igreja Matriz de Portimão”, diz o município.