"Não estamos à espera de uma acalmia nas próximas 48 horas, o que se espera é que possam surgir janelas de oportunidade para poder começar a inverter a situação", disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil.
Na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil(ANEPC) para fazer o ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões Norte e Centro de Portugal desde domingo, André Fernandes afirmou que "a situação meteorológica continua bastante desfavorável", ou seja, continua a ser "adversa" e que nas próximas 48 horas "o risco de incêndio não vai reduzir significativamente".
"Vamos continuar a enfrentar esse risco nas próximas 48 horas, mas em particular as próximas 24 horas vão ser muito complexas e difíceis para os bombeiros e para a população que está a ser afetada" pelos incêndios.
De acordo com o comandante nacional, os incêndios que estão atualmente a causar preocupação continuam a ser os do complexo da área metropolitana do Porto e da região de Aveiro, nos concelhos de Gondomar, Amarante, Baião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
André Fernandes referiu que a situação na região de Viseu, nomeadamente no concelho de Castro Daire, é "muito complicada", tendo o incêndio chegado já ao concelho de Arouca.
Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas, 10 das quais com gravidade, devido aos incêndios que lavram desde domingo nas regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram ao encerramento de estradas e auto-estradas.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 12:00 de hoje, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, envolvendo mais de 3.000 bombeiros, apoiados por cerca de mil veículos terrestres e 19 aéreos.
O Governo decretou o estado de emergência em todos os concelhos afectados pelos incêndios dos últimos dias.